Canela e Gramado - 2º Dia

Acordamos como em qualquer domingo normal, com aquela preguicinha de sair da cama (ainda mais com o frio lá fora) e como férias também é pra descansar, resolvemos tomar café e voltar pra curtir a preguiça.

Quando o estômago reclamou, percebemos que era hora do almoço e optamos por almoçar um galeto, já que é um dos pratos típicos da região. Abrimos o guia que imprimimos dos Destemperados e escolhemos o Casa di Paolo, prato: Galeto Casa di Paolo Completo.

Casa di Paolo
Onde: Rua Garibaldi, 23 - Centro - Gramado
Tel: 54 3286-5080/7799
E-mail: gramado@casadipaolo.com.br

Depois do almoço, seguimos para o Le Jardin.

Um pedacinho de Provence em Gramado – Le Jardin

Quando li que em Gramado tinha um jardim de lavandas, fiquei toda empolgada, pois adoro tudo de lavanda, os perfumes, as flores, as cores... Mas minha euforia durou pouco, pois na mesma hora, li que o período de floração é no final do ano, mas isso de forma alguma me desanimou, decidi que mesmo sem ver as flores queria muito conhecer o jardim, que é o primeiro parque de lavanda do Brasil.

De acordo com uma das funcionária do Le Jardin, as lavandas plantadas aqui são mais utilizadas para a culinária, para a fabricação dos cosméticos eles ainda importam o óleo da lavanda. Conversando com uma outra funcionária, acabei descobrindo que antes de se tornar um parque de lavanda, o Le Jardin cultivava (e ainda cultiva), muitas outras flores e plantas usadas na gastronomia.

O lugar é lindo e olha que o tempo não estava cooperando conosco, pois o dia estava nublado, nossa viagem foi no inverno, uma estação nada propícia à natureza e mesmo sem flores os 10 mil pés de lavanda tem uma tonalidade verde que encanta os adoradores de plantas.

Violas Caninas

Como queria muito postar fotos do jardim florido, decidi escrever para os proprietários e solicitar algumas fotos dos pés de lavandas e eles me atenderam prontamente, aproveito o post para agradecê-los mais uma vez. Sendo assim, algumas fotos que estão aqui foram cedidas gentilmente por eles.



Foto cedida pelo Le Jardin

Foto cedida pelo Le Jardin

O fato de não ter lavandas floridas só fez com que meu desejo pela lojinha aumentasse, me acabei de comprar e o Vi nem foi um “freio de mão”, pois como ele também adora perfumes e fragâncias, ele me ajudou a gastar mais...

Compramos sabonetes, cremes para o corpo, para as mãos, águas de lençol, bombons, guardanapos, um candelabro, enfeites e até um licor, de chocolate com lavanda, e ao contrário do que você está imaginando, não, não parece que estamos tomando perfume...

O atendimento no Le Jardin é excelente, a atenção despendida a todos que entraram enquanto estive lá, é um diferencial, pois em pouquíssimos lugares fui e vi pessoas serem tão bem atendidas.

Resumindo, saí de lá mais apaixonada ainda por lavanda. E faço, minhas, as palavras do site: “Lavanda é tudo de bom”.



Foto cedida pelo Le Jardin

Le Jardin – Parque de Lavanda

Onde: Rodovia RS115, Km 37 – Várzea Grande – Gramado – RS

Tel: 54 3286-4280
E-mail: patricia@lavandasgramado.com.br
http://www.lavandasgramado.com.br/

Horários de Visitação:

Terça a sexta das 10h às 12h e das 13h30m às 18h.

Sábados e domingos das 10h às 18h.

Saímos do jardim passamos no Maison de La Fondue e fizemos reserva para o jantar, escolhemos o restaurante com a ajuda do guia 4 rodas, ele está entre os 5 melhores restaurantes de fondue de Gramado. Depois voltamos para a pousada, pois queríamos descansar para a noite.

A noite tentamos tirar algumas fotos da Catedral de Canela, pois ela estava linda, ficava mudando de cor, me lembrou o Castelo da Cinderela na Disney, a noite, ele também fica mudando de cor.

Mas como vocês estão vendo, sem um tripé, foi impossível bater uma foto boa, mas deu pra guardamos de recordação.

Caminhamos um pouco pelas lojinhas do centro de Canela, gastamos um pouco, já que a maioria da coisas aqui são mais baratas que em Gramado e seguimos para o nosso jantar. Como chegamos um pouco antes do horário da reserva, decidimos caminhar mais um pouco pela Borges de Medeiros.

Vimos um restaurante alemão (pega-turista), não é a nossa cara, mas decidimos matar a saudade da Alemanha e tomar uma cerveja.

Depois do “aperitivo de cevada”, rumamos para o restaurante, pois iríamos jantar outro prato (ou pratos) típico da região, a sequência de fondues. Foi muito boa!

Maison de La Fondue
Onde: Rua Borges de Medeiros, 2311 - Centro - Gramado
Tel: 54 3295-1787
E-mail: contato@maisondelafondue.com.br

Depois dessa comilança toda, só nos restou ir pra cama.

Bjim!

Canela e Gramado - 1º Dia

Como em toda viagem nossa, tínhamos um planejamento, nos nossos planejamentos incluímos o que não podemos deixar de fazer e sempre acrescentamos algumas coisas que descobrimos no destino e as dicas que os "locais" nos dão. Enfim, como já conhecíamos as cidades, e em muitos lugares já tínhamos ido, a prioridade foi dos lugares que não conhecíamos, um templo budista que fica em Três Coroas, o Le Jardin - Parque de Lavanda, Parque da Ferradura, Alpen Park, Canion Itaimbezinho e a cidade de Bento Gonçalves (nesse caso só eu não conhecia).

Como estávamos subindo a Serra Gaúcha de carro decidimos parar logo no templo budista, pois ele fica antes de chegar a Gramado, se você estiver indo pela RS-115.

Khadro Ling – Templo Budista Tibetano

Na cidade de Três Coroas, um pouquinho antes de você chegar a Gramado (32Km), fica o templo budista, no topo da montanha Águas Brancas. Ele é destoante de tudo que você verá na viagem e talvez de tudo que já tenha visto.

O templo foi construído em um lugar bem alto, na Serra Gaúcha. O Guru Chagdud Rinpoche disse que por ser alto, o lugar lembrava o Tibet, sua terra natal, e era ali que ele gostaria de edificar o templo.

Guru Rinpoche

 

O lugar chama-se Khadro Ling e na verdade, há dois templos lá, o primeiro a ser construído, o templo vermelho, o La Kang, e o templo Padmasambava, o 1º da América Latina e único, aliás o 1º do Ocidente construído completamente no estilo tradicional. O templo Padmasambava é uma réplica de um templo tibetano, o Zangdog Palri.


La Kang

 

Padmasambava

Vou cair no clichê, mas não há como não dizer que a energia do lugar é diferente, a calma, a tranquilidade que o lugar transmite, faz com que você não veja as horas passando, dá vontade de ir ficando.

Dentro do La Kang, o templo vermelho, há um vídeo explicativo, acho que dura uns 10 minutos e conta toda a história do Khadro Ling e te dá uma noção básica de algumas práticas budistas. A visita ao Kadro Ling é gratuita, então, torna-se bem-vinda qualquer contribuição, assim o templo pode continuar recebendo visitantes que sempre sairão dali levando coisas boas.

Demos nossa contribuição e aproveitei para comprar umas lamparinas para serem acesas, elas são uma oferenda de luz para eliminar os obstáculos dos nossos caminhos, dediquei algumas para mim e para o Vi. Ah! As lamparinas ficam lá, você compra a vela e algum budista acenderá para você.



O Senhor nascido no Lótus

  Na saída do La Kang há as rodas de oração, dentro de cada uma existe um rolo de papel com milhares de mantras impressos, os budistas acreditam que quando girados é como se os mantras estivessem sendo recitados e espalhados pelo mundo e assim quem os girou acumulará méritos para evitar sofrimentos indesejáveis em vidas futuras. Não sou budista, mas por via das dúvidas, girei as rodas da oração.

Logo ao lado do La Kang e mais abaixo perto da imagem do Guru Rinpoche, existem duas casas de oração, cada uma com nove rodas de orações enormes, que se movem sozinhas. Elas também tem milhares de mantras dentro, mantras de purificação, de prosperidade e com o poder de purificar o espírito. Uma informação útil: Tudo que se move dentro do templo budista é sempre em sentido horário, até mesmo andar em volta dos monumentos e esculturas. É auspicioso andar nesse sentido.

Outra forma de espalhar bençãos pelo mundo são as bandeiras, em todas elas também estão escritos mantras e orações e quando o vento as balançam é como se os mantras voassem por aí, tocando a todos.

As Stupas simbolizam a mente de Buda e representam o cosmo, elas são construídas em forma de torres e são, geralmente, cônicas.

Abaixo uma foto do Templo Padmasambava, originário do Nepal e Butão, foi construído seguindo todas as tradições do budismo tibetano.

Khadro Ling

Onde: Estrada Linha Águas Brancas - Três Coroas - RS (Saindo de Gramado ou Canela, há pedágio – R$ 7,20 - Ida e volta R$ 14,40).

Tel: 51 3546-8201

Horários de visitação:

Quartas às sextas: das 9h30 às 11h30 e das 14h às 17h.

Sábados e domingos: das 9h às 16h30.

Segundas e Terças: fechado à visitação.

Obs.: Grupos com mais de 10 pessoas precisam agendar a visita.

Depois de mais ou menos 1h30m passeando pelo templo, resolvemos seguir viagem, pois ainda precisávamos chegar no nosso destino.

Como passaríamos dentro de Gramado para chegarmos a pousada, resolvemos parar na Rua Coberta e comermos algo, pois ainda não tínhamos almoçado nem lanchado e estávamos com bastante fome. Depois de comermos, passeamos um pouco pela Borges de Medeiros, a principal rua de Gramado e seguimos viagem.

Chegamos na pousada e descansamos um pouco, ligamos para um dos restaurantes que Os Destemperados indicaram e o reservamos para jantar. Como o Vi tinha gostado muito de um prato chamado Paella do Ar, decidimos jantar no La Caceria, um restaurante de carnes de caça. O jantar foi muito bom.

La Caceria
Onde: Rua Borges de Medeiros, 3166 - Centro - Gramado
Tel: 54 3295-7575

Depois só nos restou irmos para a pousada e finalmente descansarmos. O dia foi bem cansativo.

Bjim!

Viagens de Inverno - Canela e Gramado

Viagens de Inverno

A frase mais famosa de Lavoisier é: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, alguém parafraseou Lavoisier e disse: “Nada se cria, tudo se copia”. É baseada na segunda frase que vou escrever os próximos posts.

Vou escrever sobre três viagens que fizemos (eu e o Vi): Campos do Jordão, Canela e Gramado e Europa (Alemanha, Suíça e República Tcheca). O Vi me disse uma vez que Campos do Jordão se parece muito com Canela e Gramado e Canela e Gramado, por sua vez,  se parece muito com alguns lugares na Europa e tenho que dizer, ele está certo, mas não quero que entendam isso como pejorativo, é a ordem natural das coisas. Vamos criando novos lugares com base nos lugares que conhecemos. Como Canela e Gramado tiveram colonização de alguns imigrantes europeus, esses por sua vez tentaram reproduzir no Brasil tudo que os fizessem lembrar de sua terra natal.

Os posts não serão na ordem cronológica das viagens, vou começar por Canela e Gramado, pois foi a última que fiz e está fresquinha na memória.

Passamos 6 dias na região e pegamos um friozinho bem light. Chegamos no aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, sexta-feira, à noite (de madrugada, era mais de meia-noite), como iríamos alugar carro, decidimos dormir em Porto Alegre e partirmos para a Serra Gaúcha no sábado pela manhã.

Mas imaginem qual foi a nossa surpresa, quando, no sábado de manhã, descobrimos que as locadoras do aeroporto não tinham carro para alugar, tudo locado, aliás, a Localiza tinha, mas estava cobrando o dobro de todas as outras, sem chance!

Ligamos para uma locadora fora do aeroporto, Nossa Rede, além de conseguirmos o carro, ainda pagamos bem mais barato do que pagaríamos nos carros alugados nas locadoras do aeroporto. Reservando com antecedência, eles te pegam no aeroporto e te deixam lá. No nosso caso, como deixamos para alugar o carro lá (porque a viagem foi decidida bem em cima da hora), pegamos o carro no endereço deles. Fica a dica: Sempre que possível, fuja das locadoras de aeroportos.

Já tínhamos feito essa mesma viagem há anos atrás, separados, cada qual com a vida que levava e fico feliz em dizer, que as cidades cresceram, há muito mais opções de hospedagens, passeios, restaurantes, vinhedos, museus, fábricas de chocolates, tem até um alambique (mineiro adora!). Enfim, a região prosperou muito.

Quando estávamos decidindo a viagem, só tínhamos certeza de duas coisas, queríamos uma pousada, sem aquele clima imparcial de hotel e que ficaríamos em Canela. Sábia decisão, pois com carro alugado, não faz diferença se você está em Canela ou Gramado, as cidades são tão próximas que mal dá pra saber onde uma acaba e a outra começa, a não ser pela placa de bem-vindos a Canela. Canela tem um charme que poucas cidades turísticas conseguem manter, o tempo lá passa mais devagar, e a cidade te abraça como um abraço de Vó, mas se você é totalmente cosmopolita, adora um shopping a céu aberto e pessoas trombando umas nas outras (na alta temporada), seu lugar é Gramado.

A Pousada – Aldeia dos Sonhos

Não vou falar muito da pousada que ficamos, Aldeia dos Sonhos, pois acho que as fotos falarão por mim.

Mas quero fazer algumas observações, a pousada é rústica, porém muito acolhedora, tem uma área verde ótima, uma piscininha para o verão, uma área comum com rede, churrasqueira, fogão para o preparo de um chá, um chimarrão, pinhões, caldos, ótima para viagens de grupo, um lugarzinho para curtir com os amigos ou com a família.

Não tem TV a cabo nos quartos, mas a proposta da pousada é ótima, eles têm uma DVDteca e todos os quarto têm aparelho de DVD, sendo assim, se quiser ficar no quarto curtindo uma preguicinha, nada melhor que assistir a um filme, embaixo das cobertas...

Outra área comum é a casa do ócio, uma sala estar com home theater, uma mesa de bilhar (sinuca), totó (pebolim), mesa para carteado, uma micro academia, ótima para acordar uns minutinhos antes e queimar as colorias dos chocolates, foundes, cafés-coloniais...

O café da manhã é muito bom, não é um café-colonial com suas dezenas de itens, mas para isso existem as casas especializadas nisso.

O grande diferencial da pousada, na verdade, é o atendimento, a atenção dispensada aos hóspedes é coisa rara de se ver, até mesmo em pousadas familiares. Resumindo: Recomendo demais!

Pousada Aldeia dos Sonhos

Onde: Rua Santa Terezinha, 334 – Centro – Canela – RS

Tel: 54 3282-0000

Contato: contato@pousadaaldeiadossonhos.com.br

Para seguir a sistemática que adotei para o blog, vou postando por dias...

Bjim!