Serra da Moeda - MG

O Blog

O objetivo do Blog é simplesmente escrever, não estou almejando ser lida, nem seguida, nem acessada várias vezes. Simplesmente quero escrever. E que todos que passarem por aqui levem sempre uma "coisinha" boa, uma idéia, uma dica, uma frase, uma imagem, ou uma palavra apenas...

Gostaria de lembrar que um blog é uma opinião pessoal, um ponto de vista. Sei que nem sempre agradarei a todos, mas com certeza, a intenção sempre será a melhor possível!

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Peñíscola, um pedacinho da Grécia em plena Espanha!

Acordamos cedo e partimos em direção a Barcelona, mas não sem antes pesquisarmos, se haveria no caminho, algum lugar que valesse a pena dar uma paradinha.


E lembrem-se, estávamos na Espanha, litoral do Mar Mediterrâneo, claro que encontraríamos, né?


PEÑÍSCOLA

Nossa primeira parada foi em Peñíscola, que eu apelidei carinhosamente de Mikonos Espanhola, sim, a cidade me lembrou a ilha Grega. E Não, a cidade não é uma ilha, mas as casinhas brancas a beira do Mar Mediterrâneo me remeteram a Grécia na mesma hora.



A cidade fica a 145 Km de Valência, pouco mais de 1h30 de carro. Caso esteja vindo de Madrid, são 490 Km e de Barcelona, 222 Km. E há trens saindo das principais cidades da Espanha.


Claro que, como foi uma simples parada a caminho de Barcelona, não deu para conhecer muita coisa, mas rendeu belíssimas fotos!



A parte nova da cidade é muito parecida com qualquer cidade litorânea do Brasil, cheia de prédios, hotéis e restaurantes a beira-mar.



O Vi gostou tanto do astral de Peñíscola que cogitou dormirmos na cidade uma noite, mas isso significaria perder um dia em Barcelona, e aí? Resultado: Ficamos pela parte da manhã, almoçamos em um restaurante a beira-mar, e fomos embora, em direção ao destino combinado.



A cidade apesar de antiga, (só para você ter uma ideia, ela tem status de cidade desde 1707), é pequena, tem pouco mais de 8 mil habitantes.



No passado sua base econômica provinha da agricultura e da pesca. Hoje a cidade vive do turismo. A cidade nasceu a partir de um imponente rochedo a 64 metros acima do nível do mar, onde hoje é o centro histórico de Peñíscola.




O centro histórico se liga ao continente por uma estreita faixa de terra, e a partir daí a cidade continuou crescendo.

Imagem retirada do Wikipedia - Vista a partir do Castelo
O principal ponto turístico é seu Castelo-Fortaleza do século XIV, uma construção medieval, que fica no alto do rochedo, rendendo de lá, vistas incríveis!




Mas não se engane, apesar do castelo ter sido construído no século XIV, há vestígios arqueológicos que ligam a região aos fenícios, nos séculos VII e VI a.C. Também há indícios de ocupações cartaginenses, gregas, romanas, bizantinas e árabes.




O castelo de Peñíscola também é conhecido como Castelo do Papa Luna e foi construído pelos Templários, apesar das modificações de Felipe II e das destruições de algumas guerras, o castelo permanece quase inalterado.



Ao seu redor há vielas, casas, restaurantes, lojas, tudo pintado de branco e a beira do Mar Mediterrâneo, lembra ou não a Grécia?




O centro antigo é encantador, e é protegido pela marulha que o circunda.




Abaixo, um site para mais informações sobre Peñíscola, essa cidadezinha apaixonante!

http://www.peniscola.es/

O Farol
Casa de Conchas






















Bjim!

Fotos: @simonecmedeiros e @vjvascon

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Valência, além do modernismo!

Nem só de modernismo vive Valência. Além do centro histórico, a cidade é banhada pelo Mar Mediterrâneo, isso mesmo, é uma cidade praiana. Destino perfeito, não? Agrada a quem gosta de história e coisas antigas, a quem gosta de modernismo e também àqueles que adoram mar, sombra e água fresca.


Resolvemos conhecer o centro histórico pela manhã e ficamos em uma praia a tarde. As praias ao norte do porto de Valência são mais urbanas e as praias ao sul mais selvagens. 


Centro Histórico

Há muito o que se ver no centro histórico de Valência, são parques, praças, igrejas, prédios antigos, torres... Se estiver de carro, procure um estacionamento, pare e ande um pouco a pé. Aprecie a cidade!




Jardín del Turia

O Jardim do Turia é um parque urbano de 110 ha, que foi construído em 1986 e é o maior jardim da Espanha. A construção do jardim, que corta quase toda Valência, aconteceu depois de um movimento popular chamado, o rio é nosso e nós o queremos verde. O movimento aconteceu porque a prefeitura e o governo canalizaram o rio Turia e queriam fazer somente avenidas sobre o rio, ligando o porto ao aeroporto.


Outro destaque do jardim é o Parque Gulliver, visita obrigatória para quem tem criança. A principal atração do parque é uma escultura de Gulliver, medindo aproximadamente 70 metros. A própria escultura é um parque, cheia de escorregadores, escadas, rampas e túneis.

Imagem retirada de valenciafotografica.com

O Jardim do Turia é cortado por várias pontes, algumas têm a idade do Brasil. Para se chegar ao Gulliver o acesso é pela ponte Anjo da Guarda. Infelizmente não fomos até lá, mas o parque abre todos os dias e a entrada é gratuita. Nós pegamos a ponte da Exposição, projeto do famoso arquiteto Santiago Calatrava, em direção ao centro antigo.


Puerta del Mar

Passamos pela Porta do Mar, que foi construída no formato de um arco do triunfo em 1946. Ela é uma réplica da Porta Real, que foi derrubada juntamente com a muralha que protegia a cidade.


Curiosidade: Nos ano 90 ela foi desmontada e montada novamente, pedra por pedra, depois que construíram a linha do metro que passa por baixo dela.


Mercado de Colón - Mercado de Colombo

Trata-se de um antigo mercado da sociedade burguesa de Valência. O prédio foi construído entre os anos de 1914 e 1916, considerado na época de sua construção, um marco no modernismo da cidade.

Imagem retirada do Wikipedia
O mercado foi restaurado em 2003 e atualmente abriga lojas, cafeterias, cervejarias, restaurantes e uma horchateria tradicional (não sabe o que é uma horchateria? Te explico um pouco mais a frente). E no subsolo há um estacionamento.


http://mercadocolon.es/

Mercado Central

Estacionamos o carro próximo ao Mercado Central, na praça no mercado. Infelizmente o Mercado Central estava fechado, uma pena, pois renderia fotos lindíssimas. Legumes, frutas, flores, embutidos...


O Mercado é frequentado tanto por turistas quanto pelos valencianos, e é um dos pontos obrigatórios de visita do centro antigo.



O mercado foi construído em estilo modernista, pelos arquitetos Francesc Guàrdia e Alexander Soler, foi o primeiro mercado do mundo a realizar entregas em domicílio.


https://www.mercadocentralvalencia.es/

Lonja de la Seda

Ao lado do Mercado Central está a Lonja de la Seda, outro ponto turístico de Valência. Construído entre 1482 e 1548 é considerado uma obra-prima do estilo gótico. Fica bem em frente a Igreja de São João.


Em 1996 foi declarado, pela UNESCO, Patrimônio Mundial da Humanidade. É uma mostra da riqueza da burguesia valenciana nos séculos XV e XVI.


As fachadas retangulares, as portas trabalhadas, os medalhões renascentistas e as gárgulas chamam atenção do mais desatento dos turistas ao mais detalhista.



 http://whc.unesco.org/en/list/782

Igreja de São João do Mercado - Real Iglesia de los Santos Juanes

Como já disse anteriormente, próximo aos dois pontos turísticos acima, há ainda a Igreja Real de São João. A igreja foi construída sobre uma antiga mesquita de 1240, e foi declarada real por Isabel II.


A igreja foi construída originalmente em estilo gótico, mas devido a incêndios foi reconstruída no século XVII em estilo barroco, que predomina até os dias de hoje.



Catedral de Valência

Saímos do Plaza do Mercado Central e fomos em direção a Plaza de la Reina, onde fica a catedral. A Catedral de Valência recebe o nome de Basílica da Assunção de Nossa Senhora. Não conseguimos tirar fotos interiores, pois estava sendo celebrada uma missa na hora em que fomos visitá-la.


Imagem retirada de spainted.com
A catedral é chamada pelos valencianos de "Seu". Foi construída sobre a antiga mesquita de Balansiya, que por sua vez foi construída sobre a antiga catedral visigoda, e onde já tinha sido um templo romano. A catedral foi consagrada em 1238.




O estilo predominante é o gótico espanhol, mas é possível ver elementos do românico, do renascimento e do barroco. Você pode observar essas diferenças nas portas. A porta de Ferro é barroca, a porta dos Apóstolos é gótica e a Almoina é românica.


O altar principal é lindo, com pinturas de Miguel Alcanyís, Paolo de San Leocadio e Francesco Pagano.

Imagem retirada de Wikipedia
Micalet - Miguelete

Fora da igreja é possível admirar a torre do campanário, o Miguelete, um dos símbolos mais característicos da cidade. Sua construção começou em 1381 e terminou em 1429, com seus 63 metros de altura, foi construída em estilo gótico e sua escada tem mais de 200 degraus.


Originalmente foi construída independente da catedral, mas a partir do século XV foi unida a igreja para aumentar a nave central.

http://www.catedraldevalencia.es/

Basílica da virgem dos Desamparados

Atrás da catedral há a Plaza de la Seu e a Basília da Virgem dos Desamparados, padroeira de Valência. Escavações realizadas próximas a basílica mostram que ela foi construída sobre o foro romano da cidade.



Ela foi construída de 1652 e a 1666, em estilo barroco.


Horchateria Santa Catalina

Sempre tenho predisposição a conhecer a culinária do lugar onde estou viajando, isso inclui as bebidas também, e devo confessar para vocês no verão de Valência, eu me rendi a horchata.


Experimentei a bebida pela primeira vez na rua, em desses carrinhos parecidos com nossos carrinhos de pipoca. Apesar de ser consumida em toda Espanha, a famosa é a da Comunidade Valenciana.


Amei a bebida, ela é de origem vegetal, feita das raízes da Juncia Avellanada. É servida gelada com um biscoito chamado Fartós. Se me perguntarem com o que ela se parece, eu diria que lembra de longe o leite de soja. A horchata é rica em minerais e vitaminas, e por ser calórica é considerada uma bebida energética.


Igreja de Santa Catarina

A horchateria fica próxima a Igreja de Santa Catarina, ou Santa Catalina, em espanhol. A igreja foi construída em estilo gótico, mas o campanário, datado do século XVII, foi construído em estilo barroco.


Como a Igreja de São João e a Catedral, a Igreja de Santa Catarina também é construída sobre uma antiga mesquita.


Torres Serranos

As Torres de Serranos ou Porta de Serranos eram o principal acesso a cidade pelo norte, herança de quando Valência era cercada por uma muralha. Ao todo eram doze portas, hoje há apenas duas, a de Serranos e a de Quart. A torre abre todos os dias e a entrada custa 2 Euros.


http://www.museosymonumentosvalencia.com/

Praia Malvarrosa


Praia não era o objetivo da viagem, mas não deixaríamos o mar Mediterrâneo passar ileso. Sendo assim, optamos por conhecer Malvarrosa, uma das praias ao norte do porto de Valência.



É uma praia urbana, nada de diferente do que temos no Brasil (claro que muito mais organizada e limpa que as nossas), a infraestrutura é boa, com banheiro público, duchas e água potável.




Sentamos no quiosque Cervecería Freidura San Patrício, comemos uns petiscos e ficamos por ali, aproveitando o mar, a areia e a brisa!


Não preciso nem dizer que há muito mais lugares para visitar e conhecer em Valência, mas, será em uma próxima viagem.


Bjim!

Fotos: @simonecmedeiros e @vjvascon