Lisboa, 2º Dia!

Parque Amália Rodrigues

O Parque, que recebe o nome da cantora Amália Rodrigues, mais parece uma praça. A homenagem a cantora é mais que justa, pois Amália Rodrigues é o exemplo máximo do Fado Português, muito conhecida como a voz de Portugal e como a Rainha do Fado.

Um ótimo lugar para fazer um pit stop e apreciar um pouco a vista da cidade.

Em frente ao Parque Amália Rodrigues encontra-se o Parque Eduardo VII.

Parque Eduardo VII

Lisboa é repleta de praças, parques e jardins, e muitos deles com mirantes, o que é sempre uma boa pedida para fotos lindas, não acha?

Neste parque encontra-se a Estufa Fria, que é um jardim tropical. Foi inaugurada em 1930, apesar de começar a ser plantada alguns anos antes. Nela pode-se apreciar lagos, cascatas e centenas de espécies de plantas do mundo todo.

A estufa abre todos os dias (com exceção de alguns feriados) e o horário varia, no verão fecha às 19h. e no inverno às 17h.

Parque Eduardo VII, 1070 - Lisboa, Portugal

+351 21 388-2278

http://estufafria.cm-lisboa.pt/

Jardim da Estrela

Saímos da Praça Eduardo VII, pegamos o ônibus de turismo novamente e descemos no Jardim Guerra Junqueiro ou como é mais conhecido, Jardim da Estrela.

Apesar do Jardim ficar em frente a Basílica da Estrela, entramos pelos "fundos", pela Av. Álvares Cabral, onde se encontra um estátua em homenagem ao Descobrimento do Brasil.

O jardim é belíssimo, construído em estilo Inglês, de inspiração romântica, possui 4,6 hectares, com várias estátuas, uma fonte, e um coreto.

É um daqueles lugares para se sentar sob uma sombra e ficar vendo o vai e vêm das pessoas.

Basílica da Estrela

A Basílica da Estrela é uma igreja católica, aliás, de acordo com o último censo realizado em Portugal, mais de 90% da população é católica, e o que não falta por lá é igreja! Ao lado da Basílica foi construído um convento de freiras carmelitas, ambos por ordem de D. Maria I, filha de D. José I.

A Basílica foi construída em estilo Barroco e Neoclássico, seu interior é em mármore cinza, amarelo e preto. Ela foi a primeira igreja do mundo dedicada ao Sagrado Coração de Jesus.

Só dois monarcas da dinastia de Bragança não se encontram enterrados no Panteão dos Braganças, D. Pedro, imperador do Brasil, que se encontra em São Paulo e D. Maria I, que se encontra na Basílica da Estrela, atrás do seu túmulo, pode-se admirar um lindo presépio.

Praça da Estrela, 1200-667 - Lisboa, Portugal
+351 21 396-0915

Saindo da Igreja pegamos um elétrico, um bonde, e fomos até o centro, A Baixa, desembarcamos na Praça do Município, onde fica a Câmara Municipal.

Praça Marques de Pombal

A praça, também conhecida como Rotunda, fica mais abaixo do Parque Eduardo VII e em seu centro ergue-se uma estátua em homenagem a um grande estadista, que levou Portugal ao Iluminismo.

Imagem retirada da Internet

O Marquês de Pombal é amado por uns e odiados por outros, não entrarei na questão histórica, se ele foi bom ou não, mas dois grandes fatos, devemos a ele. O primeiro é a reconstrução de Lisboa após o grande terremoto e maremoto (tsunami) de 1755 que devastou a cidade e o segundo é o fato de termos no Brasil uma única língua, respeitados os regionalismos.

Praça do Município

Saindo da Basílica da Estrela, pegamos um elétrico, um bonde, e fomos até o centro, na freguesia A Baixa, desembarcamos na Praça do Município, onde fica a Câmara Municipal.

Caminhamos até a rua Augusta e seguimos por ela em direção a Praça da Figueira, onde pegamos um elétrico que nos levaria ao Castelo São Jorge e outros pontos turísticos.

Alfama

Alfama é o mais antigo dos bairros de Lisboa. Seu nome é herança da invasão árabe, al-hamma e significa banhos ou fontes.

Na Alfama se encontram dois mirantes, o de Santa Luzia e o das Portas do Sol (que não fomos). Há ainda o Castelo de São Jorge, o Panteão, a igreja de São Vicente de Fora, dentre outros.

O bairro é formado de vielas e becos, que os moradores enfeitam nas festas populares. Há ainda o Chafariz do Rei, que foi uma das fontes que foram canalizadas.

Mirante Santa Luzia

Descemos do Elétrico no Mirante Santa Luzia e dele fomos aos pontos turísticos que nos interessavam.

Aqui há um restaurante, se estiver com fome, é uma boa pedida para uma parada.

Dele avistamos o rio Tejo, a Paróquia São Vicente de Fora, o Panteão e a ponte Vasco da Gama.

Aliás, Vasco da Gama e Pero Vaz de Caminha, por aqui, são muito mais importantes que Pedro Álvares Cabral, pode? Rsrsrs...

Castelo de São Jorge

O Castelo de São Jorge fica na freguesia de Santa Maria Maior. E o nome dado ao castelo é em homenagem ao santo padroeiro dos cavaleiros.

O castelo é mouro e construído estrategicamente no alto de uma colina, onde avista-se grande parte do Tejo e de Lisboa, e por esse motivo tem-se uma das melhores vistas da cidade.

Decretado como Patrimônio Nacional em 1910, recebeu reformas no século XX. Acredita-se que o castelo é do século XI, mas há indícios de que antes já havia uma fortificação construída ali.

Dentro das muralhas do castelo há jardins, a cidadela, uma câmara escura, espaços de exposições e mirantes, o mais imponente deles é a Praça de Armas, onde pode-se apreciar antigos canhões e uma estátua de D. Afonso Henriques.

Sempre quando entro em castelos, as imagens de filmes medievais me vêm a mente e fico imaginando quantas pessoas, planos, estratégias, tragédias, lutas e histórias de amor não aconteceram ali, dentro daquelas paredes. E me bate uma melancolia, saudades de coisas que não vivi.

Rua de Santa Cruz do Castelo, 1100-129 - Lisboa, Portugal

+351 21 880-0620

http://www.castelodesaojorge.pt/

Panteão Nacional

Próximo ao castelo, está o Panteão Nacional e a Igreja de Santa Engrácia, que acabam sendo “quase” a mesma coisa. Juntos são considerados um dos melhores expoentes do barroco português.

Imagem retirada da Internet

A igreja passou a exercer a função de Panteão Nacional em 1916 e hoje descansam em seu interior alguns heróis da história de Portugal e algumas personagens ilustres.

Dentre eles, D. Nuno Álvares Pereira, o Infante D. Henrique, Pedro Álvares Cabral, Amália Rodrigues e Almeida Garrett, além de alguns presidentes e escritores.

Campo de Santa Clara, 1100-471 Lisboa, Portugal
+351 21 885 4820

Nas proximidades do Panteão, as terças e sábados acontece a Feira da Ladra, que a feira mais antiga da cidade, pelo que li, é uma espécie de mercado das pulgas. não fui a feira, pois infelizmente não era dia dela.

Imagem retirada da internet

Depois do Castelo e do Panteão, voltamos ao Mirante Santa Luzia, mas não sem antes pararmos em um restaurante todo charmosinho e comermos as famosas sardinhas portuguesas.

Continuando a caminhada, sempre ladeira abaixo, chega-se a duas igrejas.

Catedral da Sé e Igreja de Santo Antônio

A Catedral da Sé é um imponente edifício com ares de fortaleza, de estilo românico e um pouco de gótico. A igreja teve uma parte destruída no grande terremoto, e isto pode ser visto nas diferenças de pedras e tonalidades que foram usados na reforma.

Sua nave é construída em forma de cruz, como muitas igrejas da época. O rei D. Afonso IV e sua esposa estão sepultados no altar-mor. Ainda é possível admirar o claustro, que apesar de muito danificado ainda guarda a magia medieval.

Do lado esquerdo da entrada é possível admirar azulejos decorados azuis e brancos que contam episódios da vida de Santo Antônio.

Largo da Sé, 1100-585 Lisboa, Portugal

+351 21 886 6752

Inclusive, a igreja que fica a poucos metros da catedral é a de Santo Antônio, santo muito aclamado no Brasil, conhecido por ser o santo casamenteiro.

A igreja foi construída onde outrora estava a casa que santo teria nascido, em 1195 e ao lado encontra-se um pequeno museu em sua homenagem.

a Igreja de Santo Antônio tem suas fachadas em estilo manuelino com as colunas jônicas. A igreja foi reconstruída em 1757, após ser destruída pelo grande terremoto e foi parcialmente paga pelas crianças que pediam uma moedinha para o santo.

Pode-se ver que o chão da capela está coberto de moedas e as paredes exibem mensagens de devotos. Em 1982 o Papa João Paulo II visitou a igreja.

Rua Pedras Negras 1, 1100-401 Lisboa, Portugal

+351 21 886-9145

Casa dos Bicos

Pertinho das igrejas, na rua dos Bacalhoeiros, encontra-se um dos edifícios mais singulares de Lisboa, a Casa dos Bicos. A casa é conhecida assim, pois tem em sua fachada várias pedras em formato de pirâmides (ou diamantes).

Sua construção data do século XVI. Há quem ache bonito, mas achei excêntrica demais!

Elevador Santa Justa

Saímos da Casa dos Bicos e seguimos nosso mapa para o Elevador Santa Justa. A essa altura das andanças já tínhamos passado por ele umas 2 vezes, mas eu queria subir por ele.

Para falar a verdade, nem sei se compensa, achei caro e muito lotado! E a vista que se tem lá de cima, pode-se ter de outros mirantes e parques.

O elevador é em estilo neogótico e liga a rua do Ouro ao Largo do Carmo, onde encontra-se o Museu Arqueológico do Carmo.

Museu do Carmo

O Largo do Carmo é como se fosse uma praça com um Chafariz no centro. No dia em que fomos até lá, o largo estava repleto de estudantes sentados por todos os lados.

O Museu está localizado nas ruínas do Convento do Carmo. Infelizmente não tivemos tempo para entrarmos no museu, pois ainda tínhamos muitos lugares que queríamos ir.

Café A Brasileira e Fernando Pessoa

Saímos do Largo do Carmo e descemos a Calçada Sacramento até a rua Garrett e subimos por ela, pois eu tinha um encontro muito especial nessa rua, marcado em frente ao Café A Brasileira.

O encontro era com Fernando Pessoa, melhor, com sua estátua. Sou apaixonada pelas poesias dele, e esse, era para mim, um momento muito aguardado da viagem.

E para enriquecer o post, deixo para vocês uns versos de Fernando Pessoa explicando quem é o poeta.

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

Largo de Camões

Um pouco mais acima do Café A Brasileira está o Largo de Camões, no dia em que fomos até lá estava tendo uma manifestação que nem me lembro mais sobre o quê, mas explicava o tanto de estudantes nas ruas e praças vizinhas.

Fomos andando por dentro do bairro, que é conhecido como sendo o bairro boêmio. Nele é possível ver vários bares e restaurantes. Nessas andanças, descobrimos a Calçada do Duque, um beco com escadas em que há muitos restaurantes e mesas nos becos, como estava cedo para jantarmos, decidimos descer até a Praça dos Restauradores para andarmos no Ascensor Glória. E assim, um pouco mais tarde voltaríamos para jantarmos.

Ascensor Glória

O Ascensor Glória, também chamado de elevador ou funicular, liga a Praça dos Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara e chega a transportar mais de 3 milhões de passageiros por ano.

A ladeira que ele sobe não é tão grande e nem tão íngreme quanto algumas de Minas Gerais, são apenas 265 metros.

Jardim de São Pedro de Alcântara

O Jardim de São Pedro de Alcântara é mais um dos mirantes existentes em Lisboa.

É ponto de encontro de casais apaixonados, que vêm ver o pôr do sol. Daqui tem-se uma bela vista do Castelo de São de Jorge.

Calçada do Duque

Depois de apreciarmos mais uma vez a vista de Lisboa, voltamos a Calçada do Duque. A escolha do restaurante foi aleatória, já que não tínhamos nenhuma indicação.