Sempre tive vontade de fazer uma viagem a Portugal. Sabe essas pessoas que querem conhecer a sua origem, sua história? Pois é, era mais ou menos isso que eu pensava, não a minha história particular, mas a minha história enquanto povo, enquanto brasileira.
Se você está pensando em fazer uma viagem englobando Portugal e Espanha, faça nessa ordem, penso que é melhor assim. E foi assim que fizemos.
O roteiro da viagem a princípio seria: em Portugal - Lisboa, Óbidos, Fátima, Coimbra e Porto. E na Espanha - Salamanca, Madri, Valência e Barcelona. Mas, não foi bem isso o que aconteceu. Como sempre, já tinha lido em algumas revistas, guias e blogs que haviam passeios em cidades próximas que seriam imperdíveis. Sendo assim, na lista acima, foram inclusas as seguintes cidades: Sintra, Mafra, Queluz, Cascais, Nazaré, Batalha, Alcobaça e Guimarães, todas em Portugal. E na Espanha, acrescentamos: Toledo, Ávila, Tarragona e Peñiscola e infelizmente tiramos Salamanca.
No decorrer dos posts que virão, falarei de cada uma. Claro que em algumas das cidades acima, fomos devido a um único ponto turístico, o que não tira em nada a beleza do lugar. E se voltasse para fazer a mesma viagem não tiraria nada. Pelo contrário, aumentaria os dias de férias e incluiria mais cidades.
Vou tentar seguir a ordem da viagem, comecemos então, por Lisboa.
LISBOA
Achei fantástico estar na cidade de onde a pouco mais de 500 anos partiram naus que chegariam ao Brasil. Se qualquer coisa tivesse sido diferente, muito provavelmente eu não estaria aqui, compartilhando minhas memórias e experiências, e talvez, nem você estaria aí, viajando pela internet. Mas isso não deve ter nenhuma importância para alguém que não goste de história.
Voltemos a viagem. Chegamos cedo, deixamos as malas no hotel e partimos para a rua, eu estava ansiosa demais para conhecer a terra de Camões, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, Florbela Espanca, Murilo Mendes, Gil Vicente, José Saramago e tantos outros escritores portugueses que admiro tanto!
Começamos por abrir um mapa que pegamos na recepção do hotel e decidir onde iríamos. Como nosso hotel ficava um pouco longe do centro de Lisboa, optamos por comprar tickets daqueles ônibus Hop on-Hop off, e o fizemos de transporte público. Se você não sabe o que é um ônibus desse tipo, vou explicar resumidamente. É um ônibus que tem uma rota traçada almejando os principais pontos turísticos de uma cidade.
Você pode descer e subir em qualquer um desses pontos, desde que tenha um ticket válido. Um ponto positivo deste tipo de ônibus é que você pode dar uma volta completa, ver os pontos turísticos e escolher em quais quer realmente descer e conhecer melhor.
Continuando, tinha um ponto desse ônibus em frente ao nosso hotel e fizemos dele nosso meio de ir e vir, com exceção de alguns lugares em que fomos de táxi ou de carro alugado.
Estava ansiosa para conhecer Portugal, e ao mesmo tempo apreensiva, pois insisti muito para irmos para lá, se o país nos decepcionasse, o ônus seria todo meu. Mas Portugal nos surpreendeu, encantou-nos e nos apaixonamos.
Praça do Comércio - Porta de Entrada da Cidade - Rua Augusta
Imagem retirada da internet |
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Você pode descer e subir em qualquer um desses pontos, desde que tenha um ticket válido. Um ponto positivo deste tipo de ônibus é que você pode dar uma volta completa, ver os pontos turísticos e escolher em quais quer realmente descer e conhecer melhor.
Continuando, tinha um ponto desse ônibus em frente ao nosso hotel e fizemos dele nosso meio de ir e vir, com exceção de alguns lugares em que fomos de táxi ou de carro alugado.
Estava ansiosa para conhecer Portugal, e ao mesmo tempo apreensiva, pois insisti muito para irmos para lá, se o país nos decepcionasse, o ônus seria todo meu. Mas Portugal nos surpreendeu, encantou-nos e nos apaixonamos.
Praça do Comércio - Porta de Entrada da Cidade - Rua Augusta
A Praça do Comércio, com seus degraus de mármore a beira mar (a maré estava alta e não vimos os degraus), já foi a entrada nobre de Portugal, por aqui desembarcaram muitos chefes de estado.
Antigamente era conhecida como Terreiro do Paço, e o Paço da Ribeira, que foi residência do rei D. Manuel I, ficava localizado nela. Hoje abriga os ministérios do governo e o famoso café Martinho Arcada, o mais antigo de Lisboa e um dos preferidos de Fernando Pessoa.
http://www.martinhodaarcada.pt/
Antigamente era conhecida como Terreiro do Paço, e o Paço da Ribeira, que foi residência do rei D. Manuel I, ficava localizado nela. Hoje abriga os ministérios do governo e o famoso café Martinho Arcada, o mais antigo de Lisboa e um dos preferidos de Fernando Pessoa.
http://www.martinhodaarcada.pt/
No centro da praça pode-se ver a estátua de D. José e ao norte o Arco do Triunfo da Rua Augusta. A praça é uma das maiores da Europa e seu espaço é usado hoje em dia para eventos culturais e espetáculos.
Quando fui a Lisboa, o Arco do Triunfo da Rua Augusta estava fechado para reforma, mas pesquisei e ele foi reaberto para visitas no fim do ano passado. Você pode subí-lo e ter uma vista de 360º de Lisboa.
Lá de cima é possível ver a Praça do Comércio (Terreiro do Paço), a estátua de D. José I, a Catedral da Sé, o Castelo de São Jorge e o rio Tejo.
Em sua parte inferior é possível ver esculturas de Nuno Álvares Pereira, que lutou pela independência de Portugal, de Marquês de Pombal, responsável pela reconstrução da cidade após o terremoto de 1755, de Vasco da Gama, por suas descobertas marítimas e de Viriato responsável pela expansão do Império Romano na Espanha.
Mas fiquem de olhos abertos enquanto estiverem admirando a praça, há pessoas oferecendo drogas e assaltando turistas desatentos. Mas não precisa surtar, nada diferente do que acontece em outras cidades grandes.
Rua Augusta
Depois que você atravessar o arco, estará entrando na Rua Augusta, que é uma rua fechada ao trânsito, exclusiva para pedestres.
A rua Augusta é onde as pessoas podem fazer compras nas dezenas de lojas, almoçar/jantar em um dos diversos restaurantes ou apenas tomar um café e observar o monumento. O primeiro edifício a chamar a atenção é o MUDE, Museu do Design e da Moda.
A rua Augusta é onde as pessoas podem fazer compras nas dezenas de lojas, almoçar/jantar em um dos diversos restaurantes ou apenas tomar um café e observar o monumento. O primeiro edifício a chamar a atenção é o MUDE, Museu do Design e da Moda.
Rua Augusta 24, 1100-053 - Lisboa, Portugal
+351 21 888-6117
http://www.mude.pt/
A Rua liga a Praça do Comércio a Praça D. Pedro IV, mais conhecida como Rossio.
De acordo com a história, no Império Romano essa praça, o Rossio, era um hipódromo. Sempre foi um espaço amplo onde se realizavam feiras e mercados.
A praça foi destruída pelo terremoto de 1755 e depois de reconstruída, abrigou vários edifícios importantes. Aqui foram feitas touradas, feiras, festivais, festas, revoluções populares e também os autos-de-fé, durante a Inquisição.
Em meados do século XIX a praça ganhou o teatro D. Maria II, a estátua de D. Pedro IV, foi toda arborizada e o piso ganhou o mosaico português com padrões ondulantes e em preto e branco, padrão este repetido na praia mais famosa do Brasil, Copacabana. Reconhece?
Como era o primeiro dia e ainda não tínhamos nem feito check in, voltamos para o hotel, descansamos e nos preparamos para sair a noite e jantarmos em um bom restaurante.
Docas de Alcântara
Jantamos nas Docas de Alcântara. Alcântara é uma das freguesias (bairros) de Lisboa. As docas foram revitalizadas e hoje abrigam diversos restaurantes e discotecas.
Imagem retirada do Wikipédia |
Uma ótima pedida para o jantar, pois há restaurantes de todos as culinárias (desculpe-me o exagero, quase todas).
Fomos passeando em frente aos restaurantes e o que mais nos agradasse seria o escolhido...
Eu queria muito comer um peixe (bacalhau), mas assim que o Vi viu um bife Ancho passando por nós, fui convencida a ficar em restaurante argentino, o Las Brasitas. Não fiquei muito triste, pois ainda teríamos muitos dias para comermos bacalhau (de várias formas).
A escolha foi perfeita, a carne estava divina e a melhor sangria da viagem foi a que tomamos aqui.
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