Este post ainda faz parte do nosso 5º dia em Portugal. Na parte da manhã (e um pouquinho da tarde), visitamos Óbidos e Nazaré e deixamos Alcobaça, Batalha e Tomar para a parte da tarde, lembrando que o destino final era Fátima.
Lembrando também que conseguíamos fazer muitas coisas no mesmo dia porque era verão. Os dias estavam longos e acordávamos cedo!
MOSTEIRO DE ALCOBAÇA
Chegamos no Mosteiro de Alcobaça por volta de 15h30, não fizemos a visita guiada, conhecemos apenas a igreja. O mosteiro também é conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça e é a primeira obra plenamente gótica erguida em Portugal, apesar de uma reforma ter colocado a fachada da igreja como barroca.
A construção do mosteiro se iniciou em 1178 pelos monges cistercienses. Foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e foi eleito uma das Sete Maravilhas de Portugal. Vocês notarão diferenças de cores e iluminação em várias fotos, isso acontece porque usamos máquinas diferentes e as vezes até o celular.
O mosteiro é famoso por abrigar os túmulos de D. Pedro I e D. Inês de Castro. Conhecem a expressão: Inês é morta ou agora é tarde, Inês é morta? Pois essa expressão se refere a Inês de Castro que está sepultada no Mosteiro de Alcobaça. Muitas expressões surgem devido a lendas, mas no caso da expressão referida aqui, é devido a uma história real.
Pedro, filho do rei D. Afonso IV casou-se obrigado, aos 16 anos, com D. Constança, filha de um príncipe espanhol. A intenção dos dois nobres era de que com essa união reinasse sobre Portugal e Espanha um período de paz. Porém Pedro apaixonou-se por Inês de Castro, uma das damas de companhia de D. Constança e mantiveram uma relação adúltera por mais anos, que rendeu ao casal, três filhos.
D. Afonso IV não via com bons olhos a relação do filho com Inês de Castro, e mandou exilarem Inês no Castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana. Depois que sua esposa, D. Constança faleceu, Pedro trouxe Inês de volta e viveram juntos em Coimbra. Com medo de que a atitude do filho colocasse a diplomacia em risco, D. Afonso IV ordenou em 1355 a execução de Inês, aproveitando que o filho estaria fora em viagem.
Dois anos mais tarde, quando se tornou rei, D. Pedro I, contou que se casou em segredo com Inês de Castro, declarando-a rainha e legitimando os filhos do casal. Também perseguiu os assassinos de Inês para matá-los. Um deles o rei quis ter a honra de matar pessoalmente. O condenado suplicou que ele estava cumprindo ordens e que estava arrependido. D. Pedro I apenas disse: Agora é tarde, Inês é morta.
Também ouvi a versão de que na verdade a frase foi dita quando ele coroou os restos mortais de Inês de Castro. Sendo assim, cabe a você leitor, escolher a que mais lhe apetecer. Hoje a frase é usada para conceituar a inutilidade de certas ações.
Ao contrário do que se vê em muitos lugares com os túmulos dos amados um ao lado do outro. D. Pedro I ordenou que os túmulos fossem colocados um de frente para o outro, assim , no dia do juízo final, eles se levantariam e a primeira coisa que veriam, seria um ao outro.
Os túmulos são feitos em calcário, em estilo gótico e há passagens bíblicas desenhadas neles. Outra curiosidade sobre os túmulos é que ambos foram construídos com leões sustentado-os, mas no de D. Inês, os leões têm rostos humanos, os rostos dos assassinos de D. Inês, simbolizando que eles carregariam sua morte por toda a eternidade.
2460-018 - Alcobaça, Portugal
+351 26 250-5128
MOSTEIRO DE BATALHA
Incrível como a cada lugar que eu chegava, eu conseguia ficar ainda mais maravilhada.
Assim como o Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro de Batalha, também é Patrimônio da Humanidade, declarado pela UNESCO e uma das Sete Maravilhas de Portugal.
O mosteiro foi construído no século XV em agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota e é um exemplo das arquiteturas góticas e manuelina.
O mosteiro foi restaurado no século XIX. Nesta restauração o mosteiro sofreu algumas mudanças, como a destruição de dois claustros e numa tentativa de extinção das ordens religiosas em Portugal, a remoção total dos símbolos religiosos.
A fachada principal está decorada com figuras que representam personagens Bíblicos.
O interior está dividido em três naves muito altas. A da direita leva à Capela do Fundador onde estão enterrados o rei D. João I, sua esposa, D. Filipa de Lencastre e seus filhos, chamados por Camões como Ínclita Geração em Os Lusíadas - Canto IV.
O lado oposto leva ao belo claustro real, decorado conforme o estilo manuelino.
As Capelas Imperfeitas também merecem destaque, elas receberam esse nome por nunca terem sidos acabadas.
Também estão enterrados no mosteiro D. Duarte, D. Leonor e outras personagens ligadas a história do mosteiro, como Mateus Fernandes, arquiteto do mosteiro.
Largo Infante Dom Henrique, 2440 - Batalha, Portugal
+351 24 476-5497
CONVENTO DE CRISTO
O Convento de Cristo fica em Tomar, infelizmente não conseguimos chegar ao Convento a tempo de pegá-lo aberto, sendo assim, todas as fotos do interior do Convento de Cristo foram retiradas da internet.
Imagem retirada da intenet |
Olhando pelo lado positivo, deixamos mais uma coisa para se conhecer em Portugal, um incentivo para a nossa volta.
Mesmo não tendo entrado, vou falar um pouco do que li sobre o convento. O convento está dentro dos muros do Castelo de Tomar e foi construído no séculos XII pela Ordem dos Templários.
Possui em sua construção a mistura de vários estilos arquitetônicos, seu estilo predominante é o gótico, mas é possível ver traços românicos, manuelinos, renascentistas, maneiristas e barrocos.
O ponto principal do convento é a Charola, que era o oratório dos Templários, de estilo românico, lembra o Santo Sepulcro de Jerusalém.
O Convento de Cristo de Tomar foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1983.
Colina do Castelo, 2300-000 - Tomar, Portugal
+351 24 931-5089
http://www.conventocristo.pt
Terminamos esse dia chegando em Fátima, mas deixarei para o próximo post. Abaixo está o trajeto que fizemos desde que saímos de Lisboa, pela manhã. Se quiser ler sobre as outras cidades é só ver os posts anteriores.
Terminamos esse dia chegando em Fátima, mas deixarei para o próximo post. Abaixo está o trajeto que fizemos desde que saímos de Lisboa, pela manhã. Se quiser ler sobre as outras cidades é só ver os posts anteriores.
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